A data marca ainda outras conquistas da população negra no
mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990, ambos os
países, africanos.
O dia 21 de março foi instituído, pela Organização das
Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da
Discriminação Racial em memória ao Massacre de Shaperville. Em 21 de março de
1960, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar
cartões de identificação especificando os locais por onde eles podiam circular,
em Johanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o
exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foi de 69 mortos e 186
feridos.
O ato da ONU de instituir esse como o Dia Internacional de
Combate à Discriminação Racial teve/tem o intuito de incentivar a comunidade
internacional a implementar medidas efetivas para eliminar todas as formas de
discriminação, assim como também, a “Convenção internacional sobre a eliminação
de todas as formas de discriminação racial”, que estabeleceu, em um de seus
artigos, que a discriminação racial é qualquer distinção, exclusão, restrição
ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional.
Hoje em dia, os casos de discriminação ainda são comuns,
alguns tão chocantes e perversos quanto os ocorridos há 50 anos.
Por mais que medidas tenham sido implementadas, ainda é
necessário e urgente um exercício, uma reeducação, uma força constante de
valorização e respeito de suas liberdades, sem as quais estas pessoas não
poderão exercer plenamente suas potencialidades.
Raça, cor, credo… Nada disso influencia na capacidade e nas
potencialidades das pessoas. O que verdadeiramente conta é o caráter, esse que
não vem estampado no rosto e, muito menos, na cor da pele de ninguém.
Fonte: http://folhapb.com.br